Azola




Nome científico

Azollacaroliniana


Nome Popular:
Azola, WaterVelvet


Família:
Azollaceae (Azoláceas)

Origem:

Cosmopolita, existem rumores de que se originou no continente Africano, na Ásia e na Oceania.


Substrato fértil:
Indiferente.


Iluminação:
Moderada, de 0,5 à 0,8 watts/litro.


CO²: 
Indiferente.


PH:
Preferencialmente de 6 à 7.


GH: 
Preferencialmente de 5 à 30 dH.


Temperatura: 
Preferencialmente de 15 à 30ºC.

Porte: 

Individualmente até 0,5 cm, mas forma aglomerados de até 2 cm aproximadamente.


Crescimento: 
Rápido.


Cuidado: 
Fácil.

Características: 

Planta pouco exigente e fácil de ser mantida, é muito usada por aquaristas devido a sua capacidade de retirar excesso de nutrientes da água além de sombreá-la. 

É uma planta capaz de suportar as condições mais adversas como temperaturas muito frias, valores de pH mais extremos e falta de nutrientes, tornando-a resistente e adaptável. Pelo seu tamanho diminuto pode ser usada em diversas configurações de montagem, dos nanos, passando pelos grandes tanques e chegando aos lagos de jardim. Podem também apresentar uma coloração levemente acastanhada/avermelhada dependendo de uma maior e mais forte incidência luminosa.

Absorve para seu próprio metabolismos compostos como amônia, nitrito, nitrato e fosfatos, ajudando a manter a qualidade da água dos aquários, além de evitar a proliferação exagerada de algas verdes, pois além de diminuir nutrientes excedentes ainda cria zonas de sombreamento (a união de menos luz + menos nutrientes prejudica seu desenvolvimento).

Um fato curioso e interessante é que esse espécie faz simbiose com bactérias cianofíceas do gênero Anabaena, localizadas na base da cada uma das minúsculas folhas dessa planta. Essas bactérias são capazes de retirar nitrogênio diretamente da atmosfera, tornando-o também disponível para a Azolla, por isso essa planta consegue prosperar mesmo em águas pobres em nutrientes, geralmente muito ácida. Por isso ela é cultivada junto ao arroz em grandes plantações asiáticas, dispensando o uso de fertilizantes químicos.

Outra curiosidade é que a Azolla leva um determinado tempo para se adaptar quando é realocada em água com parâmetros químicos muito diferentes. Essa adaptação geralmente leva poucos dias, a partir de uma semana geralmente, em que ela não se multiplica ou o faz mais lentamente. Passado esse tempo, ela começa a crescer rapidamente. 

Um terceiro fator tão curioso como os anteriores, é que essa planta é capaz de captar partículas sólidas em suas raízes, garantindo que uma rica microfauna composta por invertebrados diversos. Essa microfauna associada diretamente ao tamanho das raízes servem como atrativo para alevinos de diversas espécies, servido como abrigo e fornecendo alimentação viva, essencial nessa fase.

Seu crescimento rápido pode representar um pouco de trabalho à mais ao aquarista, que deve regularmente retirar o excesso de plantas da superfície. Do contrário, ela pode cobrir totalmente o espelho d'água, chegando ao ponto de amontoar-se, uma acima das outras, evitando totalmente a passagem de luz e a troca gasosa necessária à oxigenação adequada do tanque. A retirar pode ser de 50 à 90% da biomassa, sem problemas pois a flora logo se recupera. Pode ser considerada uma aliada do sistema de filtragem, em tanques de peixes de grande porte que produzam muita carga orgânica, como os de água fria ou Jumbos.

Devemos ter alguns cuidados como cultivo dessa planta: usar algum protetor ou alguma barreira que evite que as Azollas sejam sugadas pelos filtros, entupindo-os ou trancando o impeller. Ao retirar o excesso dessas plantas, elas devem ser descartadas de modo que jamais cheguem a cursos d'água naturais, devido ao seu potencialidade invasora. Para isso, podem ser descartadas em jardins ou em vasos sobre a terra, pois como dito antes, possuem grandes quantidades de nitrogênio, servindo para fertilizante ecológico.

De uma forma generalizada essas características podem ser aplicadas a todas as espécies desse gênero, ocorrendo pequenas variações na cor, no formato das folhas, no tamanho dos aglomerados, no comprimento das raízes e na velocidade de propagação.

Ficha por: 

Mateus Camboim
Foto por: 

Mateus Camboim